socorro,eu to correndo da policia
eles querem me prender,
não querem me compreender.
Tenho que correr,sai da minha frente,
quem sabe outro dia,
nesse dia agente se vê.
Busco me perder no meio da multidão:
Batedores de carteiras,
crianças armadas e viciadas;
mulheres peladas
que só escondem a idade,
e policiais com seus camburões a me rondar.
moldura pras crianças de
nossas crianças,
pelas ruas são pais e filhos
brigando por pirulitos.
Armados não tem pelos suficientes
mas já desarmaram
a barraca dos inocentes.
A sirene é o uivo de
um coiote voraz,
o som das botas
denunciam a perceguição.
Seguro meu coração
que quer sair pela boca,
busco refúgio
entre os letreiros
de neón.
De repente um beco
grita o meu nome,
e no seu canto mais escuro
eu me encolho.
Sirenes e botas passam e vão se perdendo
estou só,cansado,suado
e acuado.
Entãso medito no crime que eu cometi
e meu sorriso é o aborto
do que já passou,
pois quem matei
foi o meu super herói:
eu mesmo,
no meu uniforme de Zé Ninguém!

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